domingo, 11 de setembro de 2011

PROJETO - OFICINA DE LEITURA

E.M.E.F. MARECHAL BITENCOURT

PROJETO – OFICINA DE LEITURA
“Quem lê sabe mais e ultrapassa limites”- participe e divirta-se!

É a literatura porta de um mundo autônomo que, nascendo com ela, não se desfaz na última página do livro, no último verso do poema, na última fala da apresentação. Permanece ricocheteando no leitor, incorporado como vivência, erigindo-se em marco do percurso literatura de cada um.
Marisa Lajolo (2002, p. 43)


Professora: Márcia Buffon Bühler

A justificativa deste projeto é de incentivar a prática da leitura, ao aluno do 3º Ano, 4º Ano e 5º Ano do Ensino Fundamental, com base na formação do seu comportamento como leitor, que aprenda a ver o texto escrito como lugar de interação e construção de sentidos. Para tanto, é preciso que o aluno perceba como ele pode e deve contribuir com a leitura, como pode construir sentidos a partir da interação entre suas experiências, sua visão de mundo e a do texto lido. Afinal, para se ler um texto é preciso muito mais do que conhecimentos linguísticos, uma vez que este é “um lugar de interação entre sujeitos sociais, os quais, dialogicamente nele se constituem e são constituídos”.
O leitor que se pretende formar é aquele que faz uso da língua como meio de interação e ao se perceber como sujeito ator ou construtor social, é capaz de ser um leitor ativo, ou seja, aprenda a ver a leitura como atividade interativa e complexa de produção de sentidos, da qual faz parte e é co-autor. Para isso, serão desenvolvidas atividades que possibilitarão ao aluno despertar para a prática da leitura de forma lúdica e criativa, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho linguístico que realmente tenha sentido para si.
Não é suficiente o aluno saber ler, se não encontra o que ler, onde e que tipo de atividades o desperta para o desejo de continuar a ler. É necessário, que ele entenda o valor real da leitura para sua educação e instrução, isto é, como meio de armazenar informações remotas que voltarão à tona da sua memória, no momento que delas necessitar para desenvolver seus problemas.
Diante do exposto, observa-se a relevância social deste Projeto – Oficina de leitura, que tem como metas apresentar a leitura ao educando, de maneira que o mesmo possa quantificar e qualificar informações, buscando alternativas que respondam aos seus anseios, para que isso ocorra, é preciso criar um ambiente de leitura prazeroso que visa:
• A informalidade do ambiente: uma sala em que o aluno possa sentir-se descontraído, desinibido e a vontade para praticar o hábito da leitura;
• Informalidade de tratamento técnico do acervo: a acomodação dos livros, revistas, gibis e demais fontes de leitura que permitam a livre manipulação pelo aluno, incentivando-se a sua frequente utilização;
• Espontaneidade de leitura: o aluno deve se sentir livre para a busca da leitura independente de controle e ligação com tarefas escolares, sendo indispensável, entretanto, o acompanhamento da leitura pelo professor, para que o aluno possa explorar todo o seu potencial crítico e criativo.

OBJETIVOS

Objetivo geral

- Oferecer ao aluno participante da Oficina de leitura suporte necessário para que desenvolva o gosto pela leitura, contribuindo, assim, na sua formação como leitor.

Objetivos específicos

- Conscientizar o aluno para a importância do hábito da leitura;
- Despertar o interesse do aluno pelas várias formas de leitura, tanto aquela necessária à inserção do meio em que vive, quanto àquela realizada por prazer;
- Proporcionar ao aluno, momentos de lazer, diálogos e análise sobre os problemas que fazem parte da sociedade, através da leitura.


METODOLOGIA
- Leitura e contação de histórias;
- Atividades pedagógicas dirigidas;
- Roda de conversa;
- Passeios educativos...

ESTRATÉGIAS
As atividades no Projeto - Oficina de leitura seguirão os seguintes passos:
a) Antecipação e sensibilização
– o aluno é levado a levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto;
b) Verificação
- das hipóteses durante a leitura;
c) Seleção
– o aluno aprende a buscar e encontrar pistas que o auxiliem na verificação das hipóteses levantadas;
d) Inferências
– o aluno é levado a perceber que é capaz de preencher as lacunas do texto, através de suas experiências e conhecimentos de mundo.

Os recursos que auxiliarão no desenvolvimento das atividades propostas poderão ser: livros de literatura infantojuvenil, textos diversos, computador, gravador, massinha de modelar, lápis de cor, giz de cera, tinta, CD-player, fotos, gravuras...
A avaliação será um processo contínuo no Projeto - Oficina de leitura e terá a participação do professor e do aluno através do acompanhamento da execução das variadas formas de leituras, observando o desenvolvimento das habilidades e competências individuais e coletivas do aluno para a resolução da situação-problema trabalhada.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra.
Paulo Freire




BIBLIOGRAFIA


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BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo:Ática, 2008.
BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. A formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
DINORAH, Maria. O livro na sala de aula. Porto Alegre: L&PM, 2000.
DIONÍSIO, Ângela. MACHADO, A.R. BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 30.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
HELD, Jacqueline. O imaginário no poder: as crianças e a literatura fantástica. Trad. Carlos Rizzi. São Paulo: Summus, 1980.
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultural visual, mudança educativa e Projeto de Trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6.ed. São Paulo: Ática, 2002.
MAIA, Joseane. Literatura na formação de leitores e professores. São Paulo:Paulinas, 2007.
MARTINS, Jorge Santos. O trabalho com projetos de pesquisa: do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. São Paulo: Papirus, 2002.
SANTOS, Terezinha Maria Barroso. Práticas de leitura em sala de aula. Juiz de Fora: Lame/Nupel/UFJF, 2000.
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SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim: Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação, nº 11, p. 5-15, mai/jun/jul/agos 1999.